O que muitos de nós esquecemos é que a paz, a calma e a tranquilidade são estados naturais do ser humano, que nos permitem perceber com clareza a dimensão real dos problemas e termos a confiança necessária para lidar com eles.
A barreira mais comum para atingirmos esse estado é a ansiedade.
Então, o que seria a ansiedade?
A origem da palavra vem do latim Anxietas, podendo ser traduzida como preocupação. Quem nunca se sentiu preocupado em algum momento da vida? No post de hoje, vamos te mostrar os tipos de ansiedade, quando ela passa a ser um problema, e como superá-la, vamos lá?
A ansiedade normal
A ansiedade é uma emoção desagradável, mas a sua importância não pode ser negada quando bem ajustada ao contexto. Ficar apreensivo frente a possibilidade de um perigo ou problema real é um estado normal e muito útil.
- Ela surge em nós como um aviso de que algo está fora do nosso controle;
- Ela invade o nosso corpo como tensão, aperto no peito, respiração curta e inquietude;
- É normal nos sentirmos apreensivos diante de problemas complexos ou perigos reaiS;
- É impossível termos controle de tudo, principalmente de fatores externos.
Filósofos da Antiguidade diziam que um dos segredos da vida está em aprender a distinguir entre o que você pode e o que você não pode controlar. A partir dessa distinção, nós deveríamos nos concentrar apenas naquilo que está sob o nosso controle e não gerar expectativas sobre o que não está.
E o que está sob o nosso controle?
Essa é uma reflexão possível de ser feita à luz do autoconhecimento. Quanto mais profundamente nos conhecemos, mais somos capazes de lidar com as nossas emoções e, consequentemente, com o modo como reagimos ao que acontece em nossas vidas.
Nossos estados emocionais são naturais e essenciais para a nossa sobrevivência. Precisamos nos lembrar de como podemos utilizá-los a nosso favor. As emoções fazem parte da nossa natureza e têm funções específicas. Elas são responsáveis pela nossa adaptação e pela nossa sobrevivência.
Quando o nosso cérebro entende que determinada situação que vamos vivenciar pode nos colocar em perigo, ele rapidamente envia comandos para nos manter vivos.
Do ponto de vista do funcionamento cerebral, o nosso corpo recebe sinais que causam sintomas neurovegetativos, ou seja, perdemos o sono, nosso coração bate acelerado, ficamos pálidos, tensos, tontos, suando frio, com dor de barriga, entre outros.
Quando a ansiedade passa a ser um problema?
A ansiedade começa a ser um problema quando ela permanece em nós a maior parte do tempo, quando tendemos a nos concentrar muito no futuro e deixamos de viver o presente.
Ela se torna prejudicial quando não conseguimos relaxar, não aguentamos esperar e sofremos por antecipação. Transformamos a ansiedade em inimiga quando as forças dentro de nós nos prejudicam. Isso também acontece quando a ansiedade traz uma falsa sensação de segurança e nos apegamos a ela, quando tememos enfrentar os nossos medos, sem nos permitir questionar se eles são reais ou imaginários.
Lidar com a ansiedade é possível
Pode ser que você pense que na prática lidar com a ansiedade é muito difícil, mas acredite, é possível! Muitas vezes já estamos tão acostumados a deixar que fatores externos nos comandem que se torna difícil perceber por onde começar.
É com esse objetivo que o Cíngulo elaborou a série sobre Ansiedade.
Quantos de nós não nos vemos perdidos em meio ao caos tanto interno quanto externo? O nosso avanço começa a se tornar possível quando tomamos consciência dessas forças que lutam contra nós.
Passamos a perceber que temos duas escolhas:
- Viver a ilusão da segurança gerada pela ansiedade e permanecermos amarrados em um ciclo vicioso entre pensamentos, emoções e sensações corporais que se alimentam entre si.
Ou
- Tomar consciência, encarar e derrotar os nossos monstros internos, esses inimigos escondidos que sugam nossa paz, energia e bem-estar.
Vamos ver um exemplo disso…
Veja a história de Alice.
Ela tinha terminado de colar grau na universidade e havia sido chamada para a seleção em um emprego que ela queria muito.
“E se eles não gostarem de mim ou pensarem mal de mim?” – era um de seus pensamentos, com mais outros tantos que lhe tiravam o sono.
Enfrentar ou desistir? Assim, iniciava um conflito interno nos pensamentos de Alice. Uma disputa entre ela e ela mesma, em que ela sempre perdia. Perdia o sono, perdia as energias, perdia a saúde, perdia a oportunidade de viver o agora, sempre preocupada com o que podia acontecer de ruim naquela avaliação, como se nada mais importasse.
Qualquer que fosse a escolha de Alice, ela teria perdas. Enfrentar a situação lhe traria todos os incômodos fisiológicos da ansiedade que ela sempre sentia quando era avaliada. Desistir lhe traria os sentimentos de impotência, incapacidade e insuficiência.
O medo e a ansiedade
Quantos de nós muitas vezes nos limitamos por conta do medo, da preocupação com o que o outro vai pensar a nosso respeito, o medo do desconhecido, de coisas que criamos a partir da nossa imaginação?
Isso mesmo! A ansiedade tem sim uma função, que é nos preparar para vivenciar algo novo, algo desconhecido, para que tenhamos mais cautela e atenção. O problema está, quando, em vez de cautela e atenção, temos medo e paralisação, a ponto de não conseguir reagir frente aos novos desafios.
Quando a ansiedade deixa de ser adequada ao contexto, ela passa a se manifestar como:
- uma percepção aumentada de riscos, problemas e perigos;
- uma percepção reduzida dos nossos próprios recursos;
- expectativas e exigências altas;
- medo do futuro;
- necessidade de controle;
- conflitos internos;
- emoções contidas;
- sintomas físicos como tremor, suor frio, tensão muscular e palpitação.
Perceba que o problema não está no fato que nos deixa ansiosos, mas sim na nossa percepção e reação a ele.
Enquanto Alice mantinha seu pensamento em tudo de ruim que imaginava acontecer, sentia terríveis sensações fisiológicas: seu coração ficava acelerado, sua barriga começava a doer, suas mãos ficavam geladas e sua respiração ficava rápida e curta.
Alice começava a imaginar como seria se passasse mal durante a entrevista, que não era boa o suficiente e colocaria tudo a perder. Quando pensava em desistir, ela se sentia péssima, impotente, frágil, incapaz e insuficiente. Todos esses conflitos geravam mais ansiedade a ponto de prejudicar o seu dia a dia mesmo antes da seleção começar.
Quando estamos ansiosos a maior parte do tempo, é difícil pensar que podemos viver sem toda essa tensão, sem esses conflitos internos e sem essa insegurança.
Quem está ansioso constantemente tende a interpretar contextos triviais de forma superdimensionada e negativa. Por isso, a dificuldade em relaxar.
Assim, as reações são desproporcionais ao ambiente. Até esperar alguns minutos pode ser difícil.
Essas características não surgiram do nada. Elas ganharam força a partir de experiências difíceis que passamos ao longo da vida em que ficamos expostos, impotentes e desamparados.
Como superar a ansiedade
O alívio surge quando sentimos que as coisas voltam ao nosso controle. Não há felicidade sem tranquilidade.
Essas experiências estão registradas profundamente em nossas memórias, emoções e crenças. Por isso, não basta simplesmente tentar pensar positivo.
Sua missão é reconquistar a paz dentro de você.
Há um caminho e a direção é para dentro. Para conseguirmos relaxar e ter paz de fato, precisamos resgatar a segurança e a tranquilidade que existe dentro de nós.
É como disse certa vez o escritor Albert Camus: “A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.”
As sessões de Ansiedade do Cíngulo podem te ajudar a:
- melhorar a sua relação com você;
- ter uma visão mais abundante de si e do mundo;
- desacelerar e se conectar mais com você;
- encontrar os sentimentos não autorizados;
- superar conflitos e fazer melhores escolhas;
- reverter a resposta frente ao medo;
- deixar de ver problema onde eles não estão;
- modificar seus padrões de comportamento;
- expandir a serenidade dentro de você.
A paz sempre foi sua! Se em algum momento ela escapou de você, confie! Você não precisa viver como refém da sua ansiedade o resto da sua vida.
Sobre o Cíngulo
O Cíngulo é construído tendo como base várias escolas e terapias através da Abordagem Integrada da Mente (AIM), que bebe das mais variadas fontes da psicologia, das neurociências e do autoconhecimento, de forma que o resultado seja transformador e consistente.
Você pode assumir o controle sem que isso lhe custe a sua paz!
Aliás, se custar a sua paz, desconfie.
O Cíngulo pode te ajudar a retomar o seu centro de comando. Basta confiar e seguir esse caminho.
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