Você já ouviu a expressão: “estar presente só de alma?” Ela caracteriza muito bem o presenteísmo, ou seja, quando um funcionário está presente no ambiente de trabalho, mas não está conectado com sua função ou suas responsabilidades profissionais.
Além de atrapalhar a vida pessoal dos colaboradores, o presenteísmo também traz malefícios para as empresas.
De acordo com uma pesquisa feita pela ISMA-BR, 23% dos adultos são presenteístas. No setor industrial, esse número pode chegar até 35%.
Por isso, hoje vamos falar sobre o presenteísmo, suas causas, consequências e maneiras de evitar que essa situação prejudique os funcionários e a sua empresa. Confira!
O que é presenteísmo?
Presenteísmo é quando uma pessoa está presente em um local, mas distante em espírito. Isso pode fazer com que ela não consiga se concentrar o suficiente para desempenhar suas funções de forma adequada.
Nem todos os dias de nossas vidas são perfeitos. Por isso, o presenteísmo é comum em algumas situações. Ele se torna um problema quando não é mais algo esporádico, e sim rotineiro.
É importante destacar que o presenteísmo pode surgir devido a problemas de saúde, familiares, financeiros ou relacionado a alguma insatisfação com o trabalho.
O que pode causar o presenteísmo?
Como existem vários fatores que podem levar ao presenteísmo, é essencial conhecê-los. Dessa forma, é possível ficar atento a possíveis sinais de alerta e evitar que o problema tome proporções ainda maiores.
Problemas de saúde
Pode acontecer do funcionário estar passando por doenças físicas e psicológicas e ter receio de comunicar a empresa. Essa situação é ainda mais comum quando falamos de ansiedade e depressão, que infelizmente ainda não ganham a devida importância dentro da sociedade. Além de estar passando por esse transtorno, a pessoa pode ter medo de contar e ser julgada, o que pode piorar ainda mais o seu estado clínico.
Por sua vez, a empresa pode contribuir criando uma cultura que valoriza a saúde mental dentro do ambiente de trabalho. Para isso, é importante desmistificar transtornos mentais e criar um local seguro para que os colaboradores possam falar sobre isso sem medo.
Carga de trabalho excessiva
Quando trabalhamos demais, nos sentimos sobrecarregados, não é mesmo? Essa sensação constante pode desencadear a Síndrome de Burnout, onde chegamos ao ápice da exaustão e não conseguimos mais realizar nenhuma tarefa.
É inadmissível nos dias de hoje incentivar jornadas de trabalho excessivas, sem se preocupar com o bem-estar físico e psicológico dos funcionários. Opte por um discurso e prática focados em uma carga horária saudável e dentro da legislação.
Problemas pessoais
Conflitos familiares, problemas financeiros e tantas outras situações do dia a dia podem acabar causando o presenteísmo. Quando parece que esses problemas não têm solução, é comum que as pessoas o transfiram para todas as esferas da vida, inclusive o trabalho.
Mesmo sendo questões pessoais, a empresa pode contribuir positivamente para amenizar a situação. Uma ótima iniciativa é treinar os gestores para identificar comportamentos que mostram algum tipo de alerta. Além disso, é fundamental criar um ambiente onde possa haver comunicação clara e honesta. Em uma única conversa, é possível mudar a percepção de uma pessoa sobre uma situação difícil.
Insatisfação com o trabalho
Por último, temos a insatisfação no trabalho. Nesse sentido, o presenteísmo pode ser causado por falta de perspectiva de crescimento, ausência de plano de carreira e feedbacks, falta de reconhecimento, má gestão de liderança, entre outras muitas questões que podem impactar a satisfação e a produtividade dos funcionários.
Quais são as consequências do presenteísmo?
Dentro do ambiente de trabalho, colaboradores e empresa estão conectados. Por isso, o presenteísmo acaba afetando ambos os lados dessa relação.
Abaixo, separamos as principais consequências desse problema. Acompanhe:
Para os funcionários
Redução de engajamento e produtividade
A diminuição da produtividade é um dos primeiros sinais de alerta do presenteísmo. Isso acontece porque, ao se sentir desconectada de sua função, o colaborador não irá produzir na mesma qualidade e eficiência que está habituado.
Com o passar do tempo, fica cada vez mais difícil a pessoa que está sofrendo com o presenteísmo lidar com esse problema sozinha. Por isso, contar com ajuda especializada de um psicólogo é a solução ideal. Praticar uma comunicação mais transparente dentro da empresa também pode ajudar.
Desgaste físico e psicológico
Um estudo também feito pela ISMA-BR com 1000 profissionais de 25 a 60 anos apontou que 89% dos que tinham comportamento presenteísta também sofriam com constantes dores musculares e de cabeça. Além disso, 86% também tinham ansiedade e 81% se sentiam muito angustiados.
Por sofrerem com problemas físicos e psicológicos, o bem-estar e saúde dessas pessoas fica em risco.
Para a empresa
Prejuízos financeiros
Você sabia que o presenteísmo causa perdas de até US$ 42 bilhões para as empresas brasileiras? Geralmente, isso ocorre porque um funcionário que está passando por esse problema entrega um resultado final de qualidade inferior, cheio de erros e falhas, ocasionando a refação.
Com o passar do tempo, essa situação pode gerar a perda de clientes para a empresa. Além de não estar produzindo o ideal para seu cargo e função, esse funcionário está trazendo prejuízos financeiros.
Outro ponto é que o presenteísmo também pode aumentar o absenteísmo e as taxas de turnover. Assim, a empresa também precisa gastar a mais com novas contratações e desligamentos.
Grandes taxas de absenteísmo
Uma pessoa desmotivada e com pouco engajamento com a empresa tem mais chances de faltar ao trabalho. Isso prejudica a empresa e os outros funcionários, que precisam dividir as tarefas do que se ausentou entre si, gerando mais sobrecarga em todo o time.
Atrasos e erros em projetos
Falhas constantes causadas por baixa produtividade afetam o funcionário e a empresa, que pode sofrer com constantes perdas de parceiros e clientes.
Esses e outros problemas mostram que o presenteísmo não é algo que prejudica apenas o funcionário, e sim todo o ambiente em que ele está inserido.
Como evitar o presenteísmo no ambiente de trabalho?
Depois de descobrir o que é presenteísmo e qual seu impacto no dia a dia, vamos ver algumas dicas para evitar essa situação na rotina das empresas.
É importante lembrar que as causas do presenteísmo também podem ser externas ao ambiente de trabalho. Mesmo assim, é importante que o setor de recursos humanos e toda a gestão da empresa estejam alinhados para criar estratégias a fim de evitar que esse problema ocorra.
1. Mantenha uma comunicação clara e transparente
Na maioria das vezes, quando temos um problema, o que mais queremos é ter alguém de confiança para conversar. Pensando no nosso dia a dia, é provável que os membros da sua equipe estejam passando por situações difíceis, mas não se sentem confortáveis em compartilhar.
Ao criar um ambiente de trabalho transparente e honesto, seus funcionários vão sentir mais confiança em compartilhar problemas relacionados ao trabalho ou não.
Os líderes da empresa devem ser treinados para criar e manter esse canal de comunicação saudável aberto. O departamento de RH também deve ser um território claro para compartilhar problemas sem julgamentos.
2. Crie rotinas de feedback
Como já mencionamos, o presenteísmo também pode estar relacionado a falta de reconhecimento e direcionamento dentro da empresa. Nesse caso, criar uma rotina de feedback entre líderes e liderados pode ajudar.
Assim, todas questões relacionadas ao crescimento e desenvolvimento da equipe podem ser compartilhadas, evitando que os colaboradores não entendam seu papel e evolução dentro da empresa.
3. Promova qualidade de vida
Como a carga excessiva de trabalho pode desencadear o presenteísmo, pensar em estratégias que promovam mais qualidade de vida e bem-estar mental e físico é fundamental.
Você pode alcançar esse objetivo de diversas formas: oferecendo aulas de yoga, mini cursos de meditação, flexibilizar o home office, entre outras.
Outro ponto muito importante nesse aspecto é praticar o que se fala. Afinal, de nada adianta dizer que promove qualidade de vida quando na verdade apenas os funcionários que trabalham até mais tarde são reconhecidos pela liderança. Isso apenas vai fazer com que todos os colaboradores pensem que é preciso fazer o mesmo para crescer na empresa. Evite essas situações criando uma cultura de saúde mental que faça parte da rotina de todos.
4. Planeje as carreiras
Você já ouviu falar em plano de carreira? É um programa implantado dentro de empresas com o objetivo de ajudar o funcionário a trilhar o seu caminho ideal dentro da organização.
Sendo assim, o plano de carreira é uma ferramenta importante para trazer satisfação e engajamento dos profissionais dentro de uma empresa. Ele é capaz de reduzir o absenteísmo, o turnover, e consequentemente, o absenteísmo.
Quando lida com perspectivas reais de crescimento e sabe o passo a passo para chegar onde quer, o funcionário se torna mais motivado e produtivo.
5. Ofereça soluções integradas de bem-estar mental aos seus colaboradores
Você sabia que contribuir positivamente para a saúde mental dos seus colaboradores é uma vantagem competitiva?
Isso acontece porque é possível:
- Aumentar a produtividade ao estimular foco, energia, resiliência e atitude
- Diminui ansiedade, insônia, estresse e desânimo
- Reduz o absenteísmo por depressão, burnout e doenças psicossomáticas
- Gera gratidão e pertencimento aos colaboradores, o que ajuda a reter talentos
- Promove o equilíbrio emocional e espírito colaborativo
- Favorece o engajamento e clima organizacional
Pensando nisso, o Cíngulo disponibiliza ao mercado uma solução eficiente para levar mais bem-estar mental para seus colaboradores! Após o mapeamento de saúde por áreas da empresa, a solução possui recursos para intervenção de acordo com nível de saúde mental dos colaboradores. A primeira intervenção é através da terapia digital, seguida por psicóloga por chat e vídeo, depois pelo programa Cirurgia da Mente, que possui um alto impacto e por fim a terapia de grupo ao vivo que acontece semanalmente, conduzida pelo Dr. Diogo Lara.
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